Como distinguir entre amor e paixão?
Hoje vemos que as relações entre casais, estão se desfazendo mui rapidamente. É uma pena, pois isto cria, na maioria das vezes crianças que serão abaladas, psicologicamente, por não poderem viver em uma família “inteira”, com pais e mães e irmãos vivendo juntos. São, sem dúvida, as maiores vítimas destes relacionamentos sem uma raiz mais profunda – amor verdadeiro. Não entraremos em mais detalhes, pois não é esse nosso objetivo, pois não sou psicólogo. Apenas um homem de 64 anos de idade, 41 anos de casamento (com uma única mulher), pai de um casal de filhos, hoje, casados, e bem casados graças a Deus.
Hoje a moda é “ficar”, e em pouco tempo irem morar juntos. Não critico, pois cada época com suas modas, embora eu lamente e não aceito essa “moda”. Na minha época (faz tempo!) era tão gostoso o namoro e depois o noivado, tempo que servia para nos conhecermos e, conhecermos as idéias um do outro, planejarmos nossas vidas. Era uma época mais romântica, sem dúvida. Não quero, aqui, preconizar que éramos melhor que os jovens de hoje, pois, também, cometíamos erros e tínhamos nossas rebeldias.
A noite de núpcias era um acontecimento único, que preparávamos com todo cuidado e carinho, era um acontecimento importante em nossas vidas, mas sabíamos que era muito mais para as mulheres do que para os homens. Consideravam um dos acontecimentos mais importantes e românticos de suas vidas, e nós, homens, (infelizmente não posso generalizar) buscávamos realizar esse sonho delas. (o homem dificilmente se casava virgem, tinha que provar que era macho, como hoje ainda assim é.) Hoje, pelo que observo, esse momento, tão romântico, está deixado de lado e banalizado.
A maioria dos casais (aqui, também, não generalizo) apressa-se em morar junto, e muitas vezes sem condições financeiras de realizar esse ato, e consequentemente acabam envolvendo outras pessoas em seus problemas.
Isso se deve a uma paixão ou atração física, que em breve se desfará, após um período de prazer. E o “casamento” começa a se desmanchar quando surgem as primeiras dificuldades, e vindo uma separação apos passado o desejo.
A paixão é passageira, me desculpem o termo, mas é só tesão, que passa depois de conseguida a conquista, algumas duram um pouco mais, mas logo acabam igualmente. Aí vem a dura realidade, da atitude que tomamos impensadamente, no calor da paixão. Uma união não vive só de amor e tesão mas, também, de “arroz e feijão” e responsabilidades.
Pior que isso é quando existem filhos, que na sua maioria, é que pagarão o ônus maior, da separação e de tanta irresponsabilidade.
O amor verdadeiro é algo mais profundo e forte. O amor verdadeiro exige de nós uma mudança sincera em nossos corações e em nossas atitudes. Uma mudança em nosso estado de espírito e condição social que devem ser respeitados. Ontem eu era solteiro, hoje sou casado; ontem eu era descompromissado, hoje sou seriamente comprometido, ontem minha atenção era para meus amigos, hoje para minha família, etc.
Podemos encontrar uma descrição, detalhada, do amor na Bíblia, na primeira carta aos Corínthios em seu capítulo 13. Essa descrição não serve apenas para o amor Eros (homem/mulher), mas para todos os tipos de amor: maternal, paternal, fraternal, etc.
Ali diz que quem ama é paciente e bondoso, não é ciumento nem grosseiro ou egoísta. Não fica irritado nem guarda mágoas.
Tampouco fica alegre quando alguém erra, mas se alegra quando alguém faz o que é certo. Quem ama nunca desiste, porém suporta tudo com fé, esperança e paciência.
E, ainda, está escrito nesta mesma carta no versículo 8, que o amor é eterno.
Portanto que ama verdadeiramente percebe estas mudanças em si. Amar é dar sem pensar em receber, pois, quem ama quer fazer a pessoa amada feliz, mas é verdadeiro que o amor sincero e fiel, nos leva a uma troca de sentimentos e sensações maravilhosas.
Tão fácil sabermos se estamos amando verdadeiramente ou apenas sentindo tesão. Cada sentimento tem uma maneira de ser tratado, mas ambos tem que ser com sinceridade e clareza e franqueza da parte de ambos, homem e mulher.
Quem ama não precisa pedir perdão jamais.